12 de maio de 2011

PERDÃOTERAPIA

Concebe-se que o homem será feliz na terra,quando a humanidade estiver transformada.Mas,enquanto isso se não verifica,poderá conseguir uma felicidade relativa?
"O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade.Praticando a lei de Deus,a muitos males se forrará e proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o comporte a sua existência grosseira."
As paixões grosseiras que predominam em a natureza humana decorrem das experiências transatas que ainda não foram superadas.São responsáveis pelos arrastamentos ao mal,em razão do primarismo de que se revestem,não se permitindo ser contrariadas nos seus impulsos e sentimentos servis.
Estimuladas pelo egoísmo doentio,desbordam em agressividade e cinismo que agridem,inicialmente,o próprio indivíduo que as cultiva,para logo depois atingir o grupo social no qual ele se encontra.
Radicando-se nos instintos mais imperiosos,quais sejam a reprodução mediante os impulsos sexuais,a nutição por meio do alimento,e o repouso,por cuja maneira refaz as forças gastas,somente a grande esforço cedem lugar aos sentimentos e á razão que os devem comandar,orientando-os para a preservação da existência,porém não agressivamente nem de forma angustiante.É inevitável o desenvolvimento moral do ser humano. Etapa a etapa,desenvolvem-se os gérmens do amor nele existente,que se irão assenhorando dos departamentos do instinto em predominio,para que o raciocínio e a emoção exerçam o seu papel no desenvolvimento dos tesouros morais adormecidos.
O ódio o ressentimento a amargura,a inveja o ciúme constituem herança trágica desse período em que a posse impunha seus caprichos e a submissão desesperada transforma-se em desejo de vingança,culminando em rudes batalhas mentais que chegavam a vias de fato na realidade objetiva,ceifando as vidas que lhes caíam nas urdiduras perversas.Enfermidades de etiologia dificíl surgem em decorrência desse primarismo emocional e se espalham,dando lugar a ocorrências mórbidas no organismo,ao mesmo tempo instalando disturbios no comportamento e na mente,que ceifam a esperança e a alegria de viver.
Apesar do grande desenvolvimento cientifíco-tecnológico dos dias atuais,as enfermidades de origem emocional e comportamental estão exigindo cuidados muito sérios,a fim de que o indivíduo possa gozar de saúde e bem-estar.
A infelicidade que se vive na terra,é sempre decorrência da conduta que cada qual se permite,gerando os fatores que produzem dor e aflição,quando se poderia desfrutar dos inimagináveis recursos com que Deus provê a vida,dando-lhe beleza e harmonia.O ser humano,porém,dominado pelas paixões de que não se deseje libertar,senão a golpes de ásperos sofrimentos,cultiva ódios injustificáveis,ressentimentos amargos,anseio de revides perversos...Esses inimigos,que residem no âmago do ser,agem contra os equipamentos celulares,envenenando-os com as suas toxinas morbíficas e contínuas ondas mentais de desequilibrio.
Disso resulta a queda das resistências no sistema imunológico,surgindo concomitantemente os disturbíos na pressão arterial,as arritmias,os problemas gatrointetinais,as variações de humor sempre para negativo,as perturbações nervosas,todos ou quase resultados de somatizações enfermiças e de sintomas com espíritos levianos e perversos que pululam á volta dos seres humanos.Mantendo esses propósitos infelizes,mais se lhes acentuam os transtornos orgânicos e emocionais,derrapando em auto-obssessões  e em obssessões variadas pela viciação mental e intercâmbio espiritual negativo.
Uma única alternativa,porém,existe,parta que se possa adquirir a paz,portanto,marchar na direção da felicidade que a lei de Deus proporciona áqueles que se comportam conforme esses soberanos códigos.
Este valioso instrumento é o perdão com sincero desejo de renovação e de felicidade do seu adversário,deixando-o seguir adiante,enquanto a si mesmo se propõe esquecimento do motivo do ressentimento e do rancor.
Quando alguém perdoa,elimina alta carga doentia de vibrações no organismo,passando a gerar outro tipo de energia que procede da mente e se transforma em estímulos para a aparelhagem de que se constitui.
O ódio é morbo cruél que degenera aquele que o produz,alcançando,não poucas vezes,aquele outro contra quem é direcionada a carga deletéria.
Compreendendo-se que todos têm o direito de errar e pensar mal uns dos outros,o que certamente não deveriam mas cuja ocorrência é frequente,qual sucede ao próprio indivíduo em relação ao seu próximo,esse raciocínio já diminui a carga da animosidade mantida contra o outro,o adversário real ou imaginário.
Desculpando-o sinceramente e procurando apagar os sentimentos contraditórios que permanecem na mente e na emoção,o perdão faz-se automático e o bem -estar preenche o imenso espaço antes ocupado pelas emoções contraditórias do ódio,da mágoa e da vingança...
O perdão funciona como bálsamo sobre a ferida que foi aberta pela agressão do outro e, ao mesmo tempo,como resposta ao ódio que foi desencadeado,suavizando a dor do golpe experimentado.Quem perdoa,conquista-se e engrandece-se,proporcionando oportunidade de arrependimento e de recuperação ao ofensor.
Enquanto sejam preservados no íntimo os sequazes do ódio,mesmo que disfarçado o organismo se ressentirá
da presença tóxica dessas vibrações doentias que infelicitam.
O perdão,porém ,libertando a vítima abençoa o algoz,ensejando-lhe,também,desfrutar da felicidade relativa que está ao alcance de todo aquele que deseje seguir as leis de deus,crescendo espiritualmente.
Perdãoterapia é,portanto,neste momento,o mais admirável recurso para a saúde e a felicidade do ser,ao lado do amor,do qual é extensão.

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