11 de agosto de 2013

Feliz dia dos Pais!

Quem disse que por de trás daquela barba que nos arranha o rosto não tem um coração moleque querendo brincar? Quem disse que por detrás daquela voz grossa não tem um menino criativo querendo falar? Quem foi que falou que aquelas mãos grandes não sabem fazer carinho se o filho chorar? Quem foi que pensou que aqueles pés enormes não deslizam suaves na calada da noite para o sono do filho velar? Quem é que achou que no fundo do peito largo e viril não tem um coração de pudim quando o filho amado, com um sorriso largo, se põe a chamar? Quem foi que determinou que aquele coroa de cabelos brancos não sabe da vida para querer me ensinar? Pai, você me escolheu filho, eu te fiz exemplo!

Edificação do Reino

"O Reino de Deus está no meio de vós." - Jesus. (LUCAS, 17:21.) Nem na alegria excessiva que ensurdece. Nem na tristeza demasiada que deprime. Nem na ternura incondicional que prejudica. Nem na severidade indiscriminada que destrói. Nem na cegueira afetiva que jamais corrige. Nem no rigor que resseca. Nem no absurdo afirmativo que é dogma. Nem no absurdo negativo que é vaidade. Nem nas obras sem fé que se reduzem a pedra e pó. Nem na fé sem obras que é estagnação da alma. Nem no movimento sem ideal de elevação que é cansaço vazio. Nem no ideal de elevação sem movimento que é ociosidade brilhante. Nem cabeça excessivamente voltada para o firmamento com inteira despreocupação do valioso trabalho na Terra. Nem pés definitivamente chumbados ao chão do Planeta com integral esquecimento dos apelos do Céu. Nem exigência a todo instante. Nem desculpa sem-fim. O Reino Divino não será concretizado na Terra, através de atitudes extremistas. O próprio Mestre asseverou-nos que a sublime realização está no meio de nós. A edificação do Reino Divino é obra de aprimoramento, de ordem, esforço e aplicação aos desígnios do Mestre, com bases no trabalho metódico e na harmonia necessária. Não te prendas excessivamente às dificuldades do dia de ontem, nem te inquietes demasiado pelos prováveis obstáculos de amanhã. Vive e age bem no dia de hoje, equilibra-te e vencerás. Francisco Cândido Xavier Da obra: Vinha de Luz

21 de junho de 2013

Para que Nasci

A maturidade vai chegando, sem ainda alicerçar o entendimento, e surge a pergunta, na floração do cérebro em que desponta a luz do saber: — Para que nasci? Essa pergunta mais tarde recebe, da própria vida, a resposta, principalmente quando o jovem encontrar a oportunidade valiosa de conhecer a Doutrina dos Espíritos, fonte divina de informações para todas as dúvidas. Nasceste, meu filho, como todos os outros, em busca da perfeição. Nascer é um dos processos do aprimoramento que a Divindade emprega em favor de todos nós. Uma reencarnação é oportunidade de ouro em nossas mãos. Estamos esperando esse tesouro de há muito, e sempre pedimos a Jesus que o nosso nascimento seja no Brasil, e que não nos falte trabalho nos caminhos que haveremos de percorrer. Quem se encontra movendo-se em um corpo físico, seja ele como for, que tenha paciência, reforce a fé e procure, se ainda não conhece, uma filosofia que lhe dê maior entendimento sobre a vida, não se desesperando, querendo voltar para cá sem cumprir seus deveres ante o mundo. Quando chegamos aqui com mãos vazias, os padecimentos são terríveis, no que tange à consciência. Ouve a nossa voz de alerta! Jesus quando disse que era o Caminho, a Verdade e a Vida, expressava a única maneira de alcançarmos a felicidade. Procura conhecer Jesus, se ainda não despertaste para tal, que a tua vida será, verdadeiramente, uma vida no Chão de Rosas. Estamos em uma época de modificações urgentes. Logo, compreenderás porque nascemos e renascemos na Terra, porque a fila, aqui, para reencarnar, é muito grande. Ademais, requer-se muito preparo para essa volta, nos dias que correm, céleres, em busca da Luz maior. Estamos próximos de um grande desfecho. O ciclo evolutivo planetário está findando, oportunidade em que a reencarnação se torna mais difícil, para as almas em provações. As reincidentes no mal, deverão encontrar outros mundos, onde o ranger de dentes é norma comum. Em alguns planetas, falta mesmo a luz de um sol, como temos aqui, na Terra; essa beleza divina, que são os raios solares, que trazem consigo milhões de toneladas de energias vivificantes, todos os dias, em nosso favor. Para que nasci? Tal pergunta é blasfêmia, quando falamos revoltados. O nascimento, na Terra, é porta para ingressarmos na luz de maiores entendimentos e felicidade. A Doutrina Espírita está empenhada em espargir luzes, como está fazendo, em todas as direções. No amanhã, será reconhecida até pelos próprios mandatários da Terra, porque, quem ajuda a educar e instruir, não pode ser persona non grata para um país. Se o lema é a Caridade, que nasce do Amor, é força poderosa, que vem diretamente de Deus. Da obra “Chão de Rosas”

Amarás Servindo

Amarás servindo. Ainda quando escutes alusões em torno da suposta decadência dos valores humanos, exaltando as forças das trevas, farás da própria alma lâmpada acesa para o caminho. Mesmo quando a ambição e o orgulho te golpeiem de suspeitas e de rancores o espírito desprevenido, amarás servindo sempre. Quando alguém te aponte os males do mundo, lembrar-te-ás dos que te suportaram as fraquezas da infância, dos que te auxiliaram a pronunciar a primeira oração, dos que te encorajaram os ideais de bondade no nascedouro, e daqueles outros que partiram da Terra, abençoando-te o nome, depois de repetidos exemplos de sacrifício para que pudesses livremente viver. Recordarás os benfeitores anônimos que te deram entendimento e esperança, prosseguindo fiel ao apostolado do amor e serviço que te legaram... Para isso, não te deterás na superfície das palavras. Colocar-te-ás na posição dos que sofrem, a fim de que faças por eles tudo aquilo que desejarias se te fizesse nas mesmas circunstâncias. Ante as vítimas da penúria, imagina o que seria de ti nos refúgios de ninguém, sob a ventania da noite, carregando o corpo exausto e dolorido a que o pão mendigado não forneceu suficiente alimentação; renteando com os doentes desamparados, reflete quanto te doeria o abandono sob o guante da enfermidade, sem a presença sequer de um amigo para minorar-te o peso da angústia; à frente das crianças despejadas na rua, pensa nos filhos amados que aconchegas ao peito, e mentaliza o reconhecimento que experimentarias por alguém que os socorresse se estivessem desvalidos na via pública; e, perante os irmãos caídos em criminalidade, avalia o suplício oculto que te rasgarias entranhas da consciência, se ocupasses o lugar deles, e medita no agradecimento que passarias a consagrar aos que te perdoassem os erros, escorando-te o passo, das sombras para a luz. Ainda mesmo quando te vejas absolutamente a sós, no trabalho de bem, sob a zombaria dos que se tresmalham temporariamente no nevoeiro da negação e do egoísmo, não esmorecerás. Crendo na misericórdia da Providência Divina e nas infinitas possibilidades de renovação do homem, seguirás Jesus, o Mestre e Senhor, que, entre a humildade e a abnegação, nos ensinou a todos que o amor e o serviço ao próximo são as únicas forças capazes de sublimar a inteligência para que o Reino de Deus se estabeleça em definitivo nos domínios do coração. Obra: “Alma e Coração”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

4 de maio de 2013

Mulheres

” Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós. Pare para refletir sobre o sexto-sentido. Alguém duvida de que ele exista? E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você? E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento? E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de voo. Ela fala pra você levar um casaco, porque “vai fazer frio”. Você não leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro! “Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça…” Se você não levar o “sapato extra”, meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado… O sexto-sentido não faz sentido! É a comunicação direta com Deus! Assim é muito fácil… As mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal? E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral. Fala-se em “praga de mãe”, “amor de mãe”, “coração de mãe”… Tudo isso é meio mágico… Talvez Ele tenha instalado o dispositivo “coração de mãe” nos “anjos da guarda” de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança). As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam? Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens… É choro feminino. É choro de mulher… Já viram como as mulheres conversam com os olhos? Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar. E apontam uma terceira pessoa com outro olhar. Quantos tipos de olhar existem? Elas conhecem todos… Parece que frequentam escolas diferentes das que frequentam os homens! E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens. EN-FEI-TI-ÇAM ! E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas? Para estudar os homens, é claro! Embora algumas disfarcem e estudem Exatas… Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era “um continente obscuro”. Quer evidência maior do que essa? Qualquer um que ama se aproxima de Deus. E com as mulheres também é assim. O amor as leva para perto dele, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem “estar nas nuvens”, quando apaixonadas. É sabido que as mulheres confundem sexo e amor. E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida. Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado. Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo. Mas elas são anjos depois do sexo-amor. É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos. E levitam. Algumas até voam. Mas os homens não sabem disso. E nem poderiam. Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora.” Luís Fernando Veríssimo

7 de abril de 2013

Aborto Não

MOÇÃO DE REPÚDIO À POSIÇÃO DO CFM Em nome da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil) expresso a minha indignação e a dos médicos que represento diante do posicionamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) que se manifestou favoravelmente ao aborto até as 12 semanas de gestação, caso a mãe assim o deseje. Ao contrário do que foi anunciado, o tema não foi amplamente debatido entre os médicos. Em nenhum momento fomos notificados de que o CFM pretendia apresentar tal posicionamento. É de se ressaltar que no “I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina”, onde foi feita a votação, e mesmo no site da Instituição, não houve anúncio de nenhuma notícia sobre o assunto, apenas foi passada a informação de que haveria uma mesa redonda “Aborto e Desigualdade Social”. Nada mais. Isso pode se acompanhar e constatar em http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=23... Conclui-se que não houve transparência do CFM nessa tomada de posição de magna importância para os destinos da nação brasileira, nem tampouco no anúncio da votação e no modo como foi feita. Não se respeitou a tradição médica do nosso país que sempre lutou em defesa da vida. Tudo leva a crer que foi manobra política de uma minoria que não tem representatividade para falar em nome de 400 mil médicos. A nosso ver, as consciências humanas têm um compromisso fundamental com a verdade, por isso devem mergulhar fundo no estudo do extraordinário fenômeno da vida, em busca do seu real significado, sem aceitar o raciocínio dogmático reducionista, que tenta encarcerá-lo num mero jogo de palavras, ao invés de discutir as inúmeras incógnitas para as quais a ciência materialista não tem respostas. Aos menos avisados que, preconceituosamente, procuram desqualificar os nossos argumentos contra o aborto como sendo de mentalidades religiosas, temos a dizer que, embora os consideremos legítimos, podemos até mesmo abdicar deles para demonstrar através de pesquisas científicas, e não de suposições, que a vida não só é um bem indisponível, mas que há vida indisponível no embrião e no feto. O pluralismo democrático diz respeito à convivência de opiniões, comportamentos e posições ideológicas distintas no seio de uma comunidade, porém não à prática de delitos em seu nome. Esta é nossa resposta aos que nos dizem que o aborto é um direito da mulher. Não existe engano maior. Tirar a vida de alguém é crime. A mulher, tanto quanto a equipe médica, o Estado, ou o companheiro, não tem esse direito. E o Ordenamento Jurídico Brasileiro reconhece a nossa posição. O artigo 5º da Constituição Brasileira garante a inviolabilidade do direito à vida, defendendo-o como bem fundamental do ser humano. É certo que o artigo 4º afirma que a personalidade civil do homem começa no nascimento com vida, mas a lei põe a salvo que ela deve ser defendida desde a concepção. (Código Civil, lei federal 3071). E mais, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, celebrada na Costa Rica, em 22 de novembro de 1969, deixou claro, no chamado Pacto de São José da Costa Rica, assinado por inúmeros países, entre os quais o Brasil, que esse direito deve ser protegido, desde o momento da concepção. A Lei Maior de nosso país espelha, portanto, a vocação pacífica do nosso povo, uma vez que este, em sua imensa maioria, já se manifestou contrariamente ao aborto, que é uma das maiores violências que se pode cometer contra o ser humano. Insistimos que é preciso buscar na Ciência as respostas à pergunta essencial: “Onde começa a vida?”. Embora a ciência não explique como uma célula unidimensional (zigoto) produz um bebê tridimensional, não saiba, portanto, quais os processos que regulam os embriões, ela já nos oferece inúmeros argumentos para sermos contra o aborto. É o que faremos a seguir, daremos em rápidas pinceladas alguns desses argumentos. Aprendemos nos melhores tratados de embriologia que a vida é um continuum que vai do zigoto (célula-ovo) ao velho, sem solução de continuidade. Ainda que existam vozes discordantes, este é um forte argumento científico em favor do respeito à vida desde a concepção. Sendo a vida um bem indisponível, atentar-se contra ela, seja em que fase for, é crime. Além disso, sendo possível demonstrar que o embrião tem vida, não haveria heresia maior do que se considerar o aborto um direito da mulher. Cairia, automaticamente, por terra, sua propalada autonomia para decidir quanto à interrupção da gravidez. Nem a gestante e nem ninguém pode decidir quem vive e quem morre. Mas esse não é o único argumento da Ciência em defesa da vida. Há muitos mais. Embora concordemos com alguns fundamentos da Teoria neodarwinista da evolução das espécies e os adotemos, constatamos que ela tem muitas falhas. A principal delas é ancorar no acaso as explicações da evolução das espécies. O acaso não explica a vida. Dois físicos conceituados, Igor e Grichka Bogdanov, juntamente com matemáticos do CERN, o mais importante Centro de Pesquisas da Europa em Física das Altas energias, demonstraram que é impossível juntar em uma célula, por acaso, as duas mil enzimas de que ela tem necessidade para funcionar. Embora sejam verdadeiras e de fato tenham ocorrido, as mutações e a seleção natural são insuficientes para explicar a evolução das espécies. O acaso, por si só, não tem o poder de organizar e conduzir. A evolução das espécies deu-se de forma ordenada, obedecendo a um projeto altamente inteligente, desde os cristais, as bactérias e amebas até o ser humano. O ser vivo é uma ilha de organização em meio ao caos. Uma célula tem arranjo inteligente das partes. Ela foi planejada. Recentemente, estudos bioquímicos da célula revelaram que há, nela, um arranjo intencional das partes, com indícios claros de que foi planejada. Essas e outras pesquisas científicas tem apontado para a existência de um Planejador Inteligente, o Grande Doador a quem chamamos Deus. A ciência diz que a célula-ovo não é um amontoado de células descartáveis. A vida de um novo ser tem início nela e prossegue, sem parar, em um movimento continuo do embrião ao velho, sendo que todo o padrão tetradimensional do novo ser está contido no zigoto. A célula-ovo tem DNA próprio, fruto da união do gameta masculino com o feminino. Recebe, é obvio, os genes da mãe, mas seu genoma é bem diferente. A mãe hospeda o novo ser, mas o feto não faz parte intrínseca do seu corpo. Para não ser expulso como corpo estranho pelo sistema de defesa do organismo materno o feto produz substâncias que o mantém vivo, durante a gestação, estabelecendo-se um acordo tácito entre hóspede e hospedeira. Prova cabal de que são dois seres distintos. Estudos realizados desde a década 1970 sobre psiquismo fetal demonstram que a memória está presente, antes da formação do cérebro, desde o início da gestação, e que o embrião é capaz de comandar sua própria mente, adaptar-se e adequar-se a situações novas. O embrião tem, portanto, vida própria, independente da mãe. De forma alguma, o aborto pode ser considerado um direito da mulher. O aborto é uma das formas mais sangrentas de violência, porque o ser em formação não tem como se defender. E a mulher que recebeu do Ser Supremo a missão transcendente de gerar vidas, comumente, não se deixa aprisionar pela visão hedonista que impera no mundo. Sobretudo, quando ela vê as imagens do feto em gestação, quando acompanha os batimentos do coraçãozinho de seu filho a partir das três primeiras semanas. Não, ela não pensa em aborto. O que a gestante precisa é de amparo à maternidade, de esclarecimentos quanto ao uso de métodos anticoncepcionais confiáveis e de vias fáceis de acesso a eles, para que possa planejar sua família. Uma sociedade organizada, segundo as leis fundamentais da vida obrigatoriamente deve ter o amor na sua base de sustentação. Entre outras ações, tem o dever de cuidar da educação de crianças e jovens, dar todo o apoio à maternidade e à paternidade responsáveis, além de cuidar dos que trabalharam uma vida toda e tem de ser amparados na velhice. A sociedade que apela para o aborto declara-se falida em suas bases educacionais, porque dá guarida à violência no que ela tem de pior, que é a pena de morte para inocentes. Compromete, portanto, o seu projeto mais sagrado que é o da construção da paz. Espero, caros colegas, que nos unamos para que a nossa nação não tenham falidas as suas bases educacionais. Espero vê-los todos lutando em defesa da vida e da paz. Marlene Nobre Presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil Apoie a nossa causa: “Diga Não ao Aborto” Assine a petição que a Associação Médica-Espírita do Brasil criou Acesse o link: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N38592

E aí, Bora pra Balada?

Primeiramente, você chega na balada e observa que metade das mulheres estão com um vestido de elástico, já a outra metade está com uma regata branca ou top e por cima uma blusa fina, junto com uma saia alta ou short customizado. Usando o insistente perfume 212, Angel e Light Blue. Mas até aí tudo bem pois o uniforme faz parte. Não muito distante disso você vê alguns homens com uma camisa polo com “número 43” nas costas e um cavalo gigante no peito, perfume one million e a barriga saliente, com as mulheres mais bonitas da festa. Alguns gastando dinheiro que não tem, outros gastando por gastar e outros como eu agora, pensando em como funciona tudo isso… Nesse instante por algum motivo você se sente diferente daquelas pessoas. Culturalmente instruídos a sempre segurar um copo na mão seguimos o nosso caminho em busca de algo que no fundo não sabemos se realmente faz sentido. Alguns caras querendo se divertir e outros numa disputa inútil para ver quem é o mais frouxo. Frouxo simplesmente por não conseguir pegar uma mulher só com o papo, por não saber jogar esse jogo de homem pra homem, mas novamente até aí tudo bem..pois cada um usa e atira com as armas que tem. Em meio a tudo isso, me pergunto: onde está a conquista? Cadê o charme? O ato de arrancar um sorriso sincero, de você? Ficar com a mulher por ter falado a coisa certa na hora certa, sem sensacionalismo. Só acho que as coisas estão perdendo um pouco da graça. Então depois de consecutivas experiências dessas, você acaba vendo que o mundo de balada é muito limitado e o mais importante, que o que você tanto procura, não está e nem estará ali. De forma alguma estou dizendo que não gosto de balada, ou que balada é algo de pessoas “vazias”, mas infelizmente na maioria das vezes é isso que eu vejo, mulheres que só querem levantar seu ego e homens que acham que baixar um litro de bebida lhe faz ser o macho "top" da festa. Cada vez mais as pessoas têm a necessidade de mostrar ser uma coisa que não são, e principalmente terem seu ego exaltado. Agora só falta elas perceberem que isso não leva a lugar nenhum."

30 de março de 2013

Visão Espírita da Páscoa

VISÃO ESPÍRITA DA PÁSCOA DEVE-SE COMEMORAR A PÁSCOA? Que tipo de celebração, evento ou homenagem é permitida nas instituições espíritas? Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão, crucificação, morte e ressurreição de Jesus? Em linhas gerais, as instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para “marcar” a data, como fazem as demais religiões ou filosofias “cristãs”. Todavia, o sentimento de religiosidade que é particular de cada ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita, respeitado, de modo que qualquer manifestação pessoal ou, mesmo, coletiva, acerca da Páscoa não é proibida, nem desaconselhada. O certo é que a figura de Jesus assume posição privilegiada no contexto espírita, dizendo-se, inclusive, que a moral de Jesus serve de base para a moral do Espiritismo. Assim, como as pessoas, via de regra, são lembradas, em nossa cultura, pelo que fizeram e reverenciadas nas datas principais de sua existência corpórea (nascimento e morte), é absolutamente comum e verdadeiro lembrarmo-nos das pessoas que nos são caras ou importantes nestas datas. Não há, francamente, nenhum mal nisso.Mas, como o Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de encarar a Páscoa (ou a Natividade) de Jesus, assume uma conotação bastante peculiar. Antes de mencionarmos a significação espírita da Páscoa, faz-se necessário buscar, no tempo, na História da Humanidade, as referências ao acontecimento. A Páscoa, primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício de Jesus. Veja-se, por exemplo, no Evangelho de Lucas (cap. 22, versículos 15 e 16), a menção, do próprio Cristo, ao evento: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão. Porque vos declaro que não tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de Deus.” Evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à “imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos. Historicamente, a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos primitivos, e alimentada pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do “pesah”, uma dança cultural, representando a vida dos povos nômades, numa fase em que a vinculação à terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante. Também estava associada à “festa dos ázimos”, uma homenagem que os agricultores sedentários faziam às divindades, em razão do início da época da colheita do trigo, agradecendo aos Céus, pela fartura da produção agrícola, da qual saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam as trocas nos mercados da época. Ambas eram comemoradas no mês de abril (nisan) e, a partir do evento bíblico denominado “êxodo” (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1441 a.C., passaram a ser reverenciadas juntas. É esta a Páscoa que o Cristo desejou comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia. Logo após a celebração, foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão do Nazareno. Mas há outros elementos “evangélicos” que marcam a Páscoa. Isto porque as vinculações religiosas apontam para a quinta e a sexta-feira santas, o sábado de aleluia e o domingo de páscoa. Os primeiros relacionam-se ao “martírio”, ao sofrimento de Jesus – tão bem retratado neste último filme hollyodiano (A Paixão de Cristo, segundo Mel Gibson) –, e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus. No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude do apodrecimento e deterioração do envoltório físico. As Igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter “subido aos Céus” em corpo e alma, e fará o mesmo em relação a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”. Isto é, pessoas que morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do dia do julgamento, onde o Cristo, separá justos e ímpios. A lógica e o bom-senso espíritas abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir a “competência” ou a “qualificação” de todos os Espíritos. Com “tantas oportunidades quanto sejam necessárias”, no “nascer de novo”, é possível a todos progredirem. Mas, como explicar, então as “aparições” de Jesus, nos quarenta dias póstumos, mencionadas pelos religiosos na alusão à Páscoa? A fenomenologia espírita (mediúnica) aponta para as manifestações psíquicas descritas como mediunidades. Em algumas ocasiões, como a conversa com Maria de Magdala, que havia ido até o sepulcro para depositar algumas flores e orar, perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide removida, “para onde levaram o corpo do Raboni”, podemos estar diante da “materialização”, isto é, a utilização de fluido ectoplásmico – de seres encarnados – para possibilitar que o Espírito seja visto (por todos). Igual circunstância se dá, também, no colóquio de Tomé com os demais discípulos, que já haviam “visto” Jesus, de que ele só acreditaria, se “colocasse as mãos nas chagas do Cristo”. E isto, em verdade, pelos relatos bíblicos, acontece. Noutras situações, estamos diante de uma outra manifestação psíquica conhecida, a mediunidade de vidência, quando, pelo uso de faculdades mediúnicas, alguém pode ver os Espíritos. A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão descabida de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”, dos nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso. A presença do “cordeiro imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases da via sacra. Esta tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoa tradicional e a Páscoa espírita, se é que esta última existe. Em verdade, nós espíritas devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande – e última lição – de Jesus, que vence as iniqüidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que “permaneceria eternamente conosco”, na direção bussolar de nossos passos, doravante. Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a vera evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo depurativo de nosso orbe. Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser encarada por nós, espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida. Nesta Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de “sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”. Comemore, então, meu amigo, uma “outra” Páscoa. A sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena. Texto do sr. Marcelo Henrique (SC) -Diretor de Política e Metodologias de Comunicação, da Abrade (Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo) e Delegado da CEPA (Confederação Espírita Pan-Americana) para a Grande Florianópolis-SC

21 de março de 2013

Algumas coisas sobre a Páscoa

Algumas coisas sobre a Páscoa... ORIGEM E SIGNIFICADO DA PÁSCOA ......A origem da celebração da Páscoa está na história judaica relatada na Bíblia, no livro chamado “Êxodo”. Êxodo significa saída, e é exatamente a saída dos judeus do Egito que esse livro relata. Quando Ramsés II, rei do Egito, subiu ao trono, apavorou-se com o crescimento do povo de Israel, achando que esse crescimento colocava em risco o seu poder. Essa preocupação, deu início a uma série de ordens e obras levaram os judeus a um período de grande sofrimento. ......Conta a Bíblia que Deus, vendo o que se passava com seu povo, escolheu Moisés para tirá-los dessa situação, dando a ele os poderes necessários para o cumprimento da missão. Na semana em que o povo de Israel iniciou sua jornada para sair do Egito, Deus ordenou que só comessem só pão sem fermento e no último dia, quando finalmente estariam fora do Egito seria comemorada a primeira Páscoa, sendo esse procedimento celebrado de geração em geração. ......Essa celebração recebeu o nome de Pessach, que em judaico significa passagem, nesse caso da escravidão à liberdade. Daí surgiu a palavra Páscoa. ......Jesus Cristo deu novo significado à Páscoa. Ele trouxe a “boa-nova”, esperança de uma vida melhor, trouxe a receita para que o povo se libertasse dos sofrimentos e das maldades praticadas naquela época. ......A morte de Jesus Cristo representa o fim dos tormentos. A sua ressurreição simboliza o início de uma vida nova, iluminada e regrada pelos preceitos de Deus. ......O domingo de Páscoa marca a passagem da morte para a vida, das trevas para a luz. ......Hoje, o domingo de Páscoa representa uma oportunidade de fazermos uma retrospectiva em nossas vidas, e estabelecermos um ponto de recomeço, de sermos melhores, de sairmos do "Egito". Ovos ......Os ovos guardam em si a imagem de uma nova vida, por isso foram adotados como símbolo de renovação. Costumavam ser oferecidos em muitas civilizações como presentes. No Antigo Egito e na Pérsia, por exemplo, eram pintados em tons primaveris. Na China, antes mesmo do nascimento de Cristo já se presenteava com ovos de pata pintados em cores vivas. Na Europa católica do século XVIII, ovos coloridos passaram a ser benzidos pelos cristãos e oferecidos aos fiéis. ......Na Polônia e na Ucrânia, essa tradição foi levada muito a sério. Edward I registra em 1290 a despesa de compra de milhares de ovos para serem distribuídos às pessoas de sua corte. No século XVII, o Papa Paulo V abençoou um simples ovo a ser usado na Inglaterra, Escócia e Irlanda. Na Alemanha, é antigo o costume de dar ovos de Páscoa às crianças, junto com outros presentes. ......Em partes da Europa, as tribos tinham uma forma abreviada de chamar Eostre, a deusa da Primavera, e que começou a ser usada para descrever a direção do nascente - Leste. Daí a palavra Easter. ......As primeiras cestas de Páscoa se assemelhavam aos ninhos de pássaros. Antes, as pessoas colocavam os ovos nos ninhos em honra da deusa Eostre. ......Com o passar do tempo, passaram a ser confeitados e é aí que entra o chocolate. Coelho ......O coelho de Páscoa é uma atualização do antigo símbolo pascal, a lebre (parente do coelho), considerada sagrada para a deusa Eostre. No século XVIII, colonizadores alemães levaram para os Estados Unidos a ideia dos coelhos de Páscoa. ......Uma duquesa alemã, ao dizer que os brilhantes ovos de Páscoa tinham sido deixados pelos coelhos para as crianças, deu origem ao costume de fazer com que as crianças os encontrasse no dia de Páscoa.

5 de março de 2013

Páscoa

PASCOA Estamos mais uma vez, às vésperas de mais uma Páscoa. Deixando de lado o apelo comercial da data, e o caráter de festividade familiar, a exemplo do Natal, nossa atenção e consciência espíritas requerem uma explicação plausível do significado da data e de sua representação perante o contexto filosófico-científico-moral da Doutrina Espírita. Deve-se comemorar a Páscoa? Que tipo de celebração, evento ou homenagem é permitida nas instituições espíritas? Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão, crucificação, morte e ressurreição de Jesus? Em linhas gerais, as instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para “marcar” a data, como fazem as demais religiões ou filosofias “cristãs”. Todavia, o sentimento de religiosidade que é particular de cada ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita, respeitado, de modo que qualquer manifestação pessoal ou, mesmo, coletiva, acerca da Páscoa não é proibida, nem desaconselhada. O certo é que a figura de Jesus assume posição privilegiada no contexto espírita, dizendo-se, inclusive, que a moral de Jesus serve de base para a moral do Espiritismo. Assim, como as pessoas, via de regra, são lembradas, em nossa cultura, pelo que fizeram e reverenciadas nas datas principais de sua existência corpórea (nascimento e morte), é absolutamente comum e verdadeiro lembrarmo-nos das pessoas que nos são caras ou importantes nestas datas. Não há, nenhum mal nisso. Mas, como o Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de encarar a Páscoa (ou a Natividade) de Jesus, assume uma conotação bastante peculiar. Antes de mencionarmos a significação espírita da Páscoa, faz-se necessário buscar, no tempo, na História da Humanidade, as referências ao acontecimento. A Páscoa, primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício de Jesus. Veja-se, por exemplo, no Evangelho de Lucas (cap. 22, versículos 15 e 16), a menção, do próprio Cristo, ao evento: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão. Porque vos declaro que não tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de Deus.” Evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à “imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos. Historicamente, a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos primitivos e alimentados pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do “pesah”, uma dança cultural, representando à vida dos povos nômades, numa fase em que a vinculação a terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante. Também estava associada à “festa dos ázimos”, uma homenagem que os agricultores sedentários faziam às divindades, em razão do início da época da colheita do trigo, agradecendo aos Céus, pela fartura da produção agrícola, da qual saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam as trocas nos mercados da época. Ambas eram comemoradas no mês de abril (nisan) e, a partir do evento bíblico denominado “êxodo” (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1441 a.C., passaram a ser reverenciadas juntas. É esta a Páscoa que o Cristo desejou comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia. Logo após a celebração, foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão do Nazareno. Mas há outros elementos “evangélicos” que marcam a Páscoa. Isto porque as vinculações religiosas apontam para a quinta e a sexta-feira santas, o sábado de aleluia e o domingo de páscoa. Os primeiros relacionam-se ao “martírio”, ao sofrimento de Jesus – tão bem retratado neste último filme hollyodiano (A Paixão de Cristo, segundo Mel Gibson) –, e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus. No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude do apodrecimento e deterioração do envoltório físico. As Igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter “subido aos Céus” em corpo e alma, e fará o mesmo em relação a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”. Isto é, pessoas que morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do dia do julgamento, onde o Cristo,separa justos e ímpios. A lógica e o bom-senso espíritas abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir a “competência” ou a “qualificação” de todos os Espíritos. Com “tantas oportunidades quanto sejam necessárias”, no “nascer de novo”, é possível a todos progredirem. Mas, como explicar, então as “aparições” de Jesus, nos quarenta dias póstumos, mencionadas pelos religiosos na alusão à Páscoa? A fenomenologia espírita (mediúnica) aponta para as manifestações psíquicas descritas como mediunidades. Em algumas ocasiões, como a conversa com Maria de Magdala, que havia ido até o sepulcro para depositar algumas flores e orar, perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide removida, “para onde levaram o corpo do Raboni”, podemos estar diante da “materialização”, isto é, a utilização de fluido ectoplásmico – de seres encarnados – para possibilitar que o Espírito seja visto (por todos). Igual circunstância se dá, também, no colóquio de Tomé com os demais discípulos, que já haviam “visto” Jesus, de que ele só acreditaria, se “colocasse as mãos nas chagas do Cristo”.E isto, em verdade, pelos relatos bíblicos, acontece. Noutras situações, estamos diante de uma outra manifestação psíquica conhecida, a mediunidade de vidência, quando, pelo uso de faculdades mediúnicas, alguém pode ver os Espíritos. A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão descabida de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”, dos nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso. A presença do “cordeiro imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases da via sacra. Esta tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoa tradicional e a Páscoa espírita, se é que esta última existe. Em verdade, nós espíritas devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande – e última lição – de Jesus, que vence as iniquidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que “permaneceria eternamente conosco”, na direção bússolar de nossos passos, doravante. Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a Vera evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo depurativo de nosso orbe. Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser encarada por nós, espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida. Nesta Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de “sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”. Comemore, então, meu amigo, uma “outra” Páscoa. A sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena. Espiritismo Na Rede
Senhor protegei as nossas dúvidas, porque a Dúvida é uma maneira de rezar. É ela que nos fazem crescer, porque nos obriga a olhar sem medo para as muitas respostas de uma mesma pergunta. E para que isto seja possível, Senhor protegei as nossas decisões, porque a Decisão é uma maneira de rezar. Dai-nos coragem para, depois da dúvida, sermos capazes de escolher entre um caminho e o outro. Que o nosso SIM seja sempre um SIM, e o nosso NÃO seja sempre um NÃO. Que uma vez escolhido o caminho, jamais olhemos para trás, nem deixemos que nossa alma seja roída pelo remorso. E para que isto seja possível, Senhor protegei as nossas ações, porque a Ação é uma maneira de rezar. Fazei com que o pão nosso de cada dia seja fruto do melhor que levamos dentro de nós mesmos. Que possamos, através do trabalho e da Ação, compartilhar um pouco do amor que recebemos. E para que isto seja possível, Senhor proteja os nossos sonhos, porque o Sonho é uma maneira de rezar. Fazei com que, independente de nossa idade ou de nossa circunstância, sejamos capazes de manter acesa no coração a chama sagrada da esperança e da perseverança. E para que isto seja possível, Senhor dai-nos sempre entusiasmo, porque o Entusiasmo é uma maneira de rezar. É ele que nos liga aos Céus e a Terra, aos homens e as crianças, e nos diz que o desejo é importante, e merece o nosso esforço. É ele que nos afirma que tudo é possível, desde que estejamos totalmente comprometidos com o que fazemos. E para que isto seja possível, Senhor protegei-nos, porque a Vida é a única maneira que temos para manifestar o Teu milagre. Que a terra continue transformando a semente em trigo, que nós continuemos transmutando o trigo em pão. E isto só é possível se tivermos Amor – portanto, nunca nos deixe em solidão. Dai-nos sempre a tua companhia, e a companhia de homens e mulheres que tem dúvidas, agem, sonham, se entusiasmam, e vivem como se cada dia fosse totalmente dedicado a Tua glória. Amém.