16 de maio de 2011

PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA

“O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um
homem tomou e lançou no seu campo; o qual grão é na verdade, a menor
de todas as sementes, mas depois de crescida é a maior das hortaliças e
faz-se árvore, de tal modo que as aves do céu vêm pousar nos seus ramos.”
(Ma teus, VIII, 31-32 – Marcos, IV, 30-32 – Lucas, 18-19.)
Consideremos, aqui, o Reino dos Céus como tudo o que está acima e
abaixo, à direita e à esquerda de nós, todo esse espaço imenso, infinito,
incomensurável, onde se balançam os astros e fulgem as estrelas (*); todo
esse Éter que nos parece vazio, mas que, na verdade, encerra multidões de
seres e de mundos, onde se ostentam maravilhas da Arte e da Ciência de
Deus.
(*) Vide também O Espírito do Cristianismo.
Para quem o vê da Terra, com os olhos da carne, parece o seu
conhecimento insignificante, como o é uma semente de mostarda.
Mas, depois que o estudamos, assim como depois que se planta a
semente, nossa inteligência se dilata, como se dilata a semente quando
germina; transforma-se o nosso modo de pensar, como sói acontecer à
semente modificada já em erva; e o conhecimento do Reino dos Céus
cresce em nós como cresce a mostarda, a ponto de nos tornarmos um
centro de apoio em torno do qual voluteiam os Espíritos, bem assim os
homens que sentem a necessidade desse apoio moral e espiritual, da
mesma forma que os pássaros, para o seu descanso, procuram as arvores
mais exuberantes para gozarem a sombra benéfica das suas ramagens!
O grão de mostarda serviu duas vezes para as comparações de Jesus:
uma vez comparou-o ao Reino dos Céus; outra, à Fé.
O grão de mostarda tem substância e uma semente faz efeito revulsivo.
Essa mesma substância se transforma em árvore; dá, depois, muitas
sementes e muitas árvores e até suas folhas servem de alimento.

Mas é necessária a fertilidade da terra, para que trabalhe a germinação,
haja transformação, crescimento e frutificação do que foi semente; e é
necessário, a seu turno, o trabalho da semente e da planta no
aproveitamento desse elemento que lhe foi dado.
Assim acontece com o Reino dos Céus na alma humana; sem osem o
trabalho dessa “semente”, que é feito pelos Espíritos do Senhor; sem o
concurso da boa vontade, que e a melhor fertilidade que lhe podemos
proporcionar; sem o esforço da pesquisa, do estudo, não pode aumentar e
engrandecer-se em nós, não se nos pode mostrar tal como é, assim como a
mostarda não se transforma em hortaliça sem o emprego dos requisitos
imperiosos para essa modificação.
A Fé é a mesma coisa: parece-se com um grão de mostarda quando já
é capaz de “transportar montanhas”, mas a sua tendência é sempre para o
crescimento, a fim de operar mudança para campo mais largo, mais aberto,
de mais dilatados horizontes.
A Fé verdadeira estuda, examina, pesquisa, sem espírito preconcebido,
e cresce sempre no conhecimento e na vivência do Evangelho de Jesus.
O Espiritismo, com seus fatos positivos, vem dar um grande impulso à
Fé, desvendando a todos o Reino dos Céus.
Assim como o Reino do Celeste abrange o infinito, a Fé é tudo e  dela
todos precisam para crescer no conhecimento da Vida Eterna!

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